EU, IDOSO

Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença crónica que afecta áreas do sistema nervoso (cérebro e espinal medula), é caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de repouso), aumento no tônus muscular (rigidez), lentidão dos movimentos voluntários e dificuldade de manter o equilíbrio (instabilidade postural).  O tremor ocorre quando os músculos estão relaxados, os músculos ficam  rígidos, os movimentos tornam-se lentos e descoordenados e perde-se facilmente o equilíbrio.

Esta doença atinge cerca de 1 a 2 pessoas em cada 1000. Surge, geralmente, entre os 50 e os 79 anos,  contudo em cerca de 5% dos doentes a doença tem início precoce (antes dos 40 anos). Esta doença é ligeiramente mais frequente nos homens do que nas mulheres. A ela estão associados outros sintomas como:

  • depressão;
  • falta de cheiro;
  • ansiedade;
  • alterações do sono;
  • perda de memória;
  • discurso indistinto;
  • dificuldades de mastigação e deglutição;
  • obstipação;
  • regulação anormal da temperatura corporal;
  • aumento da sudação;
  • disfunção sexual;
  • cãibras, entorpecimento, formigueiros (parestesias) e dores nos músculos.

A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso central após a doença de Alzheimer

A demência atinge cerca um terço das pessoas com doença de Parkinson. Os sintomas de demência na doença de Parkinson variam e oscilam frequentemente, o faz com que a pessoa pareça melhor ou pior em diferentes momentos do dia, são eles: o esquecimento, lentificação dos processos de pensamento letargia e perda de capacidades (tomada de decisão, planeamento e raciocínio). Pode também, ocorrer alucinações visuais, que são frequentemente provocadas pelos tratamentos farmacológicos para a doença de Parkinson.

A doença de Parkinson é irreversível, prolonga-se por toda a vida. No entanto, a qualidade de vida dos doentes pode ser, substancialmente melhorada através da medicação. A prática  regular de exercício físico e uma dieta equilibrada pode contribuir para melhorarias no bem estar dos pacientes, bem como controlo corporal.

Bibliografia: Paúl, C. & Ribeiro, O. (2012). Manual de Gerontologia. Lisboa: Lidel.

https://www.parkinson.pt


Doença de Alzheimer

Qualquer pessoa pode desenvolver a Doença de Alzheimer. No entanto, é mais comum acontecer após os 65 anos. A taxa de prevalência da demência aumenta com a idade. A nível mundial, a demência afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, sendo que no caso dos homens a proporção é de 1 em cada 60. Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a Demência afeta sensivelmente 1 em cada 4 pessoas.

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Como consequência surgem alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando assim realização das suas atividades de vida diária.
Estes doentes esquecem-se facilmente as coisas que acabam de dizer ou fazer, e torna-se cada vez mais difícil executar tarefas diárias muito simples como lavar, comer, vestir, sem supervisão. Também perdem gradualmente a noção de tempo e lugar.

Consoante as pessoas e as áreas cerebrais afetadas, os sintomas variam e a doença progride a um ritmo diferente. As capacidades podem variar de dia para dia ou mesmo dentro do próprio dia, pode piorar em períodos de stress, fadiga e problemas de saúde.

Alguns sintomas característicos além dos problemas de memória:

  • Apresentam um discurso vago durante as conversações;
  • Perdem entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
  • Demoraram mais tempo na realização de atividades de rotina;
  • Esquecem-se de pessoas ou lugares conhecidos;
  • Incapacidade para compreender questões e instruções;
  • Deterioração de competências sociais;
  • Imprevisibilidade emocional.

Esta doença é progressiva e degenerativa e, atualmente, irreversível. É importante referir que quando o doente perde uma capacidade, raramente consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la.

Além dos défices na memória surgem alguns sintomas psiquiátricos, nomeadamente pensamentos delirantes, ilusões, alucinações, insónia, depressão e ansiedade. As manifestações comportamentais englobam alterações como a irrequietude, deambulação e fuga, comportamentos culturalmente inapropriados como desinibição sexual, perguntas repetidas, falta de iniciativa, discurso ofensivo, gritos ou agressão física. Estes sintomas também devem ser tratados.

Até aos dias de hoje, ainda não existe cura para a Doença de Alzheimer, contudo o tratamento disponível permite estabilizar e retardar a evolução da doença. A intervenção deve ser adequada a cada pessoa, deve-se ter em conta as suas especificidades e necessidades bem como a sua estrutura familiar. O tratamento deve ser farmacológico (medicação) e não farmacológico (programas de reabilitação e de estimulação cognitiva).

Bibliografia: Caixeta, Leonardo (2012). Doença de Alzheimer. Porto Alegre: Artmed.

Castro-Caldas & Mendonça (2005). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. Lisboa: Lidel.

Paúl, C. & Ribeiro, O. (2012). Manual de Gerontologia. Lisboa: Lidel.

Envelhecimento

O envelhecimento pode ser definido como "a soma de todas as alterações que ocorrem num organismo com o passar do tempo", ou seja, é um processo de deteorização endógeno e irreversível, e é um fenómeno inevitável. Não se trata da fase final da vida, mas de um processo que começa desde o momento da concepção do ser e que continua pela vida fora.

As estimativas realizadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para o aumento do índice de envelhecimento, referindo que em 2050, poderão haver 243 idosos por cada 100 jovens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), introduziu em 2002, o conceito de envelhecimento ativo, definindo como um "processo de otimização das oportunidades de segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas", ou seja, estabelece uma relação entre as oportunidades de saúde e a qualidade de vida atingível pelas pessoas no seu processo de envelhecimento. Este conceito pressupõe a promoção de medidas e práticas que incluem: a aprendizagem ao longo da vida, o adiamento da idade da reforma e consequente o prolongamento da vida ativa, a introdução de um sistema de reforma mais gradual, a continuidade de uma vida ativa após a reforma e o desenvolvimento de atividades que permitam otimizar as capacidades individuais e manter um bom estado de saúde.

A visão de um idoso pró-ativo que regulamenta a sua vida pela definição de objetivos e que luta para os atingir em todas as fases da vida estará relacionada com uma perspetiva de um envelhecimento positivo. Deste modo, o envelhecimento ativo significa ter ainda objetivos de vida e permanecer interessado na vida, nas questões sociais, no estreitar de relações e em cuidar da saúde física e mental.

Bibliografia: Paúl, C. & Ribeiro, O. (2012). Manual de Gerontologia. Lisboa: Lidel;

Ribeiro, O. & Paúl, C. (2011). Manual de Envelhecimento Activo. Lisboa: Lidel;

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